Brindisi DOC 2001
Nome comercial: Brindisi DOC
Produtor: Santa Barbara
Tipo: Tinto
Uvas: Negroamaro / Malvasia Nero
Ano: 2001
Região: Puglia (Itália)
Álcool: 12,5%
Preço: R$ 55,00 por R$ 50,00 (Enoteca Fasano – www.enotecafasano.com.br)
Depois de duas semanas indicando vinhos boludos, vamos agora para a Itália. E da melhor maneira possível: via Enoteca Fasano. Que lugar! A princípio o nome Fasano pode intimidar, mas a casa é totalmente acessível, o pessoal que atende é gente boa pra caramba e, como sempre fazem conosco, recomendam vinhos que cabem no orçamento.
O desta semana é um bom exemplo, pois além de uma maravilha, está em promoção. De R$ 55 passou para cinqüentinha, teto da coluna mas vale cada ml. Trata-se do nosso “fazêndico” Brindisi DOC 2001, um italianíssimo da Puglia ideal para aquele dia tipicamente paulistano (para quem não mora em São Paulo, leia-se estressante). Sabem como é, trânsito, buzina, chefe, poluição, vizinho, português da padaria, PCC, motoboy e por aí vai). O dia só não é pior do que o vivido pelo Michael Douglas em Um Dia de Fúria pois, em vez de sair pela cidade com um trabuco querendo explodir todo mundo, vocês têm a opção de voltar para casa (fiquem tranqüilos, a exemplo do filme, não era a mulher que estava com outro, mas a cunhada) e abrir esta belíssima botella. Acreditem, as coisas vão melhorar!
O vinho é totalmente campestre. No nariz percebe-se claramente um forte aroma de terra úmida, grama, pasto, curral, enfim, é natureza em estado bruto (praticamente uma fazenda embotellada). Tem até vaquinhas lá dentro. Pode parecer horrível essas coisas em uma taça mas não é. Na boca nosso Brindisi apresenta corpo médio, é redondíssimo, muito complexo, seco e com grande frescor. Ideal para ser consumido a 15 ºC, 16 ºC. E de preferência agora, já que é um vinho de guarda que está em sua plenitude.
Na escala “Vamos Bebendo!” que vai de... bem, ainda estamos criando, ele está no patamar “Amanheceu, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar”. Ou seja, é o vinho que vai fazer vocês esquecerem que estão na cidade, esquecerem do estresse e levá-los para longe. Não é não, Fafau? Qual é a trilha do Brindisi? E você, Paulinho, o que faria para acompanhá-lo?
Grande abraço a todos!
Dica do Fafau – Harmonizando com música
por Rafael Cury (músico e redator publicitário)
Muito bem, Pueblo, ao pensar neste clima bucólico, com muito mato, cheiro de grama molhada, lembro-me de uma história (ou causo, como os matutos dizem). Diz que dois caipiras estavam de cócoras mascando fumo na beira da estrada. Silêncio total. De repente passa um carro (nesta estradinha passa um automóvel de 15 em 15 dias). Depois de meia hora do ocorrido, um cabôcro fala pro outro: acho que era Chevrolet. Passada uma hora, o cabra responde: acho que era Wolks. Depois de umas três horas, o primeiro se levanta e retruca: acho que vou embora que já vi que vai ter discussão.
Voltando ao vinho, para harmonizar com esta botellinha, nada melhor do que música regional. E a dica é o CD No Sertão, do violeiro Roberto Corrêa. Trata-se de um álbum que traz clássicos da música caipira como Luar do Sertão, Maringá, entre outros.
Mas peraí, o Brindisi não é só o aroma do campo. Ele tem médio corpo, complexidade e pede sofisiticação. Música sertaneja (a de verdade) não é requintada? Ledo engano, meus amigos. Porque Roberto Corrêa é um instrumentista de primeira, de bom gosto e, neste trabalho, foi acompanhado por um quinteto de cordas e-p-e-t-a-c-u-l-a-r. Ou seja, unimos as raízes do campo com muito requinte, como este vinho.
Vamos brindar o interior, meu amigo! Agora, se você acha que música sernateja é Zezé di Camargo, Bruno e Marrone e cia, VAI TOMÁ...
Vinho Chapinha! Enoabraços musicais a todos.
Dica do Chef – Harmonizando com a comida
por Paulinho Martins (chef do Txai Resort, Itacaré – BA)
Tem razão!!! Sertanejo clássico é um tesão e o ruim é realmente horrível. Não dá prar beber, quer dizer, ouvir. Bela escolha, Pablito. A Puglia está fazendo vinhos sensacionais e este Brindisi é um deles. Com uma tipicidade da região bem escancarada e com cara de terra molhada, o vinho tem uma elegância e uma pegada de uma mulher caipira BOUUUUUA na faixa dos 30 anos. Cheiro de mato, muito gostoso e ainda com uma aparência jovem, apesar de não ser mais menino, já que se trata de um 2001.
Para comer não posso sair do contexto, mas também não vou indicar bobeira. Adoraria sugerir uma galinha caipira à moda mineira, mas a pimenta de cheiro iria degolar o vinho. Acho que um lombo de porco assado no forno à lenha do Sítio dos Badadas servido com brócolis e batatas seria uma bela parceria. Eu faria uma redução de vinho tinto para acompanhar o prato. Daria uma elegância que, com certeza, cairia bem com o vinho e com as notas de Roberto Corrêa.
Enfim, uma bela tarde de comida, bebida e muita música sertaneja. A outra opção seria Chapinha com Bruno & Marrone e lasanha Maggi. DEUS É MAIS !!!!!!! SAI COISA RUIM.
Abraço e vamos bebendo, comendo e ouvindo cada dia coisa melhor.
Produtor: Santa Barbara
Tipo: Tinto
Uvas: Negroamaro / Malvasia Nero
Ano: 2001
Região: Puglia (Itália)
Álcool: 12,5%
Preço: R$ 55,00 por R$ 50,00 (Enoteca Fasano – www.enotecafasano.com.br)
Depois de duas semanas indicando vinhos boludos, vamos agora para a Itália. E da melhor maneira possível: via Enoteca Fasano. Que lugar! A princípio o nome Fasano pode intimidar, mas a casa é totalmente acessível, o pessoal que atende é gente boa pra caramba e, como sempre fazem conosco, recomendam vinhos que cabem no orçamento.
O desta semana é um bom exemplo, pois além de uma maravilha, está em promoção. De R$ 55 passou para cinqüentinha, teto da coluna mas vale cada ml. Trata-se do nosso “fazêndico” Brindisi DOC 2001, um italianíssimo da Puglia ideal para aquele dia tipicamente paulistano (para quem não mora em São Paulo, leia-se estressante). Sabem como é, trânsito, buzina, chefe, poluição, vizinho, português da padaria, PCC, motoboy e por aí vai). O dia só não é pior do que o vivido pelo Michael Douglas em Um Dia de Fúria pois, em vez de sair pela cidade com um trabuco querendo explodir todo mundo, vocês têm a opção de voltar para casa (fiquem tranqüilos, a exemplo do filme, não era a mulher que estava com outro, mas a cunhada) e abrir esta belíssima botella. Acreditem, as coisas vão melhorar!
O vinho é totalmente campestre. No nariz percebe-se claramente um forte aroma de terra úmida, grama, pasto, curral, enfim, é natureza em estado bruto (praticamente uma fazenda embotellada). Tem até vaquinhas lá dentro. Pode parecer horrível essas coisas em uma taça mas não é. Na boca nosso Brindisi apresenta corpo médio, é redondíssimo, muito complexo, seco e com grande frescor. Ideal para ser consumido a 15 ºC, 16 ºC. E de preferência agora, já que é um vinho de guarda que está em sua plenitude.
Na escala “Vamos Bebendo!” que vai de... bem, ainda estamos criando, ele está no patamar “Amanheceu, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar”. Ou seja, é o vinho que vai fazer vocês esquecerem que estão na cidade, esquecerem do estresse e levá-los para longe. Não é não, Fafau? Qual é a trilha do Brindisi? E você, Paulinho, o que faria para acompanhá-lo?
Grande abraço a todos!
Dica do Fafau – Harmonizando com música
por Rafael Cury (músico e redator publicitário)
Muito bem, Pueblo, ao pensar neste clima bucólico, com muito mato, cheiro de grama molhada, lembro-me de uma história (ou causo, como os matutos dizem). Diz que dois caipiras estavam de cócoras mascando fumo na beira da estrada. Silêncio total. De repente passa um carro (nesta estradinha passa um automóvel de 15 em 15 dias). Depois de meia hora do ocorrido, um cabôcro fala pro outro: acho que era Chevrolet. Passada uma hora, o cabra responde: acho que era Wolks. Depois de umas três horas, o primeiro se levanta e retruca: acho que vou embora que já vi que vai ter discussão.
Voltando ao vinho, para harmonizar com esta botellinha, nada melhor do que música regional. E a dica é o CD No Sertão, do violeiro Roberto Corrêa. Trata-se de um álbum que traz clássicos da música caipira como Luar do Sertão, Maringá, entre outros.
Mas peraí, o Brindisi não é só o aroma do campo. Ele tem médio corpo, complexidade e pede sofisiticação. Música sertaneja (a de verdade) não é requintada? Ledo engano, meus amigos. Porque Roberto Corrêa é um instrumentista de primeira, de bom gosto e, neste trabalho, foi acompanhado por um quinteto de cordas e-p-e-t-a-c-u-l-a-r. Ou seja, unimos as raízes do campo com muito requinte, como este vinho.
Vamos brindar o interior, meu amigo! Agora, se você acha que música sernateja é Zezé di Camargo, Bruno e Marrone e cia, VAI TOMÁ...
Vinho Chapinha! Enoabraços musicais a todos.
Dica do Chef – Harmonizando com a comida
por Paulinho Martins (chef do Txai Resort, Itacaré – BA)
Tem razão!!! Sertanejo clássico é um tesão e o ruim é realmente horrível. Não dá prar beber, quer dizer, ouvir. Bela escolha, Pablito. A Puglia está fazendo vinhos sensacionais e este Brindisi é um deles. Com uma tipicidade da região bem escancarada e com cara de terra molhada, o vinho tem uma elegância e uma pegada de uma mulher caipira BOUUUUUA na faixa dos 30 anos. Cheiro de mato, muito gostoso e ainda com uma aparência jovem, apesar de não ser mais menino, já que se trata de um 2001.
Para comer não posso sair do contexto, mas também não vou indicar bobeira. Adoraria sugerir uma galinha caipira à moda mineira, mas a pimenta de cheiro iria degolar o vinho. Acho que um lombo de porco assado no forno à lenha do Sítio dos Badadas servido com brócolis e batatas seria uma bela parceria. Eu faria uma redução de vinho tinto para acompanhar o prato. Daria uma elegância que, com certeza, cairia bem com o vinho e com as notas de Roberto Corrêa.
Enfim, uma bela tarde de comida, bebida e muita música sertaneja. A outra opção seria Chapinha com Bruno & Marrone e lasanha Maggi. DEUS É MAIS !!!!!!! SAI COISA RUIM.
Abraço e vamos bebendo, comendo e ouvindo cada dia coisa melhor.
1 Comments:
Pelo jeito a vida tá uma loucura, hein?
Faz tempo que não compartilha seus conhecimentos viníferos com a plebe!
Aguardando a dica natalina!
Abraços
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